O Medo

O MEDO

O MEDO

Todos estavam apreensivos, corriam de um lado para o outro como se isto fosse resolver qualquer coisa, a terra já sofria a presença de muitos planetas que estavam a passar por ela como se já atingisse sua orbita, o barulho era grande e o desespero maior ainda, não tinha onde se esconder e as lamentações eram demasiadamente grande, choros, abraços e pedidos de socorro viam de todos os lados, os olhares  estavam perplexos diante de tamanha falta de segurança.

- Por favor, me ajude (dizia Nice)

- Tenha calma, aceite o que está por vim, não se desespere, reze, talvez esta seja a única maneira de poder ter um pouco paz, mas isto não era absorvido por ela.

Quando olhei para cima, já podia se ver os planetas a olho nu, pareciam luas eram oito, contadas e conferidas, no momento era estranho vê as mesmas se aproximando de nós quando tínhamos o costume de vê apenas uma dede que nasci. Às pessoas corriam e não ia a lugar nenhum.

- Me ajude! – gritava uma pessoa

- O que eu faço? - perguntava outro

Como se eu pudesse fazer alguma coisa a não ser esperar o que estava por vim, o meu medo era grande e eu sabia que estava tudo perdido, mantinha minha calma e mesmo assim era muito difícil, pois só em perceber o desespero me dava um frio no estomago, por ter as minhas mãos atadas sem poder fazer nada.

- Meu amigo e agora como é que será nossa vida, o que eu fiz da minha vida agora não posso mas rever ou acertar o que fiz de errado.

- Calma meu amigo  -  era o que eu dizia – fique aqui perto de mim, tenha calma

Não conseguia nem rezar, apesar de pedir a todos que rezasse.  O barulho dos planetas me deixava apreensivo, o medo era que um deles caísse em minha cabeça, e eu pensava: como será que eu vou morrer? O que eu devo fazer se sei que tudo está acabado, meus nervos eu já não conseguem dominar, minhas pernas estavam bambas sem força de ajudar, pensava em tomar um remédio para dormir e não vê a hora em que tudo tivesse um fim, mas ao mesmo tempo poderia ter outro final e eu perderia a oportunidade de ver que tudo poderia ser de outra maneira, meu amigo Ivan estava chegando perto de mim como se eu pudesse fazer algo deixava de lado seu carro que ele não dava mais valor, e embaixo  de uma arvore ele me olhou com um pedido de socorro e eu lhes estendi a mão enquanto acalmava Nice que apesar de dizer que acreditava em Deus não confiava naquele momento, queria uma mão em que ela tivesse a sensação de segurança e era a minha em que ela segurava, abaixada em um canto junto aquela arvore onde a claridade não era muito pelo fato dos planetas estarem em grande passagem pela terra deixando um rastro de fumaça, e o dia estava na penumbra e era muito preocupante, não tinha como ou onde se esconder.

Acordei com uma sensação terrível, levantei e fui passear pela casa, como se a mesma estivesse sendo invadida por algum ladrão, passei muito tempo para pegar no sono novamente, pela manhã contei em pequenos detalhes o sonho ou pesadelo a minha esposa.   Espero que este sonho/pesadelo não se torne realidade, não pensei que seria tão preocupante em saber que um dia isto poderá acontecer.


Ricardo Dias Melo